Sindicato quer teste de tuberculose para todos os agentes de presídio em Barão de Cocais

O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais (Sindasp) quer que todos os agentes que atuam no presídio de Barão de Cocais, onde três casos de tuberculose foram confirmados, também façam o exame para detectar se não estão com a doença. Devido ao problema, as visitas ao local estão suspensas desde […]

Sindicato quer teste de tuberculose para todos os agentes de presídio em Barão de Cocais

O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais (Sindasp) quer que todos os agentes que atuam no presídio de Barão de Cocais, onde três casos de tuberculose foram confirmados, também façam o exame para detectar se não estão com a doença. Devido ao problema, as visitas ao local estão suspensas desde o último final de semana. “Vamos acompanhar de perto e exigir que seja feito o exame em todos os agentes”, disse o presidente da entidade, Adeilton Rocha, por meio da Assessoria de Comunicação.

A Secretaria de Administração Prisional (Seap) informou, em nota, que o exame será realizado em todos os detentos, mas não citou os funcionários do presídio. “A Seap, por meio da Subsecretaria de Humanização do Atendimento, está encaminhando todos os presos da unidade para realização de exames e os laudos serão encaminhados à Justiça”, diz trecho da nota (veja a íntegra abaixo).

Apreensão

Para o sindicato, assim como os presos, os agentes penitenciários também estão vulneráveis diante da situação. A principal preocupação é de que os agentes penitenciários contraiam a enfermidade, transmitindo a bactéria, inclusive, para seus familiares. Um servidor que atua no presídio e pediu para não ser identificado contou à reportagem da DeFato que a apreensão entre os trabalhadores no local é grande e que a direção não tem informado a Seap sobre a real situação. “Nós que estamos lá dentro é que realmente sabemos o que está acontecendo”, disse.

O sindicato informou que sequer foi comunicado pela Seap da ocorrência de casos de tuberculose no presídio de Barão de Cocais e da suspensão das visitas. A entidade só tomou conhecimento do caso pela imprensa.  “A gente alerta as secretarias que o aumento da população carcerária favorece a proliferação das doenças infectocontagiosas de uma maneira geral como sarampo, piolho, sarna e tuberculose, causadas pelo ambiente insalubre, e os agentes estão submetidos ao risco. A saúde do agente é uma preocupação do sindicato e isso tem sido levado para audiências públicas e autoridades do próprio Executivo”, declarou Adeilton.

Nota divulgada pela Seap no último sábado

“Em atendimento a uma determinação da Justiça, o Presídio de Barão de Cocais suspendeu a visitação de familiares nesse fim de semana em função da identificação de três casos de Tuberculose em presos. Destes três detentos, dois deram entrada na unidade já infectados; sendo que um, inclusive, estava em tratamento. De acordo com a direção do presídio, tão logo os presos apresentaram os sintomas, foram encaminhados para a rede pública de saúde para atendimento. Um permanece internado no Hospital Júlia Kubitschek.  A Seap, por meio da Subsecretaria de Humanização do Atendimento, está encaminhando todos os presos da unidade para realização de exames e os laudos serão encaminhados à Justiça”.

 

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