Itabirano com Síndrome de Down coleciona medalhas e troféus de campeonatos de futsal

Cada pessoa tem sua forma de lidar com as adversidades da vida, mas algumas encontram no esporte um caminho para superar desafios. Qual menino um dia não sonhou em ser jogador de futebol? Esse é o desejo de milhões de crianças. Com Sidney Amorim Ferreira não foi diferente. Ele nasceu com a Síndrome de Down […]

Itabirano com Síndrome de Down coleciona medalhas e troféus de campeonatos de futsal
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Cada pessoa tem sua forma de lidar com as adversidades da vida, mas algumas encontram no esporte um caminho para superar desafios. Qual menino um dia não sonhou em ser jogador de futebol? Esse é o desejo de milhões de crianças. Com Sidney Amorim Ferreira não foi diferente. Ele nasceu com a Síndrome de Down e, ainda criança, enquanto brincava de jogar bola com outros meninos na Rocinha, em Itabira, chegou para o seu pai e disse: “Meu sonho é jogar futebol”. Hoje, aos 39 anos, ele coleciona medalhas e troféus que ganhou disputando competições de futsal para pessoas com deficiência intelectual.

Na última quinta-feira, 21 de março, foi celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão das pessoas com Down na sociedade. Sidney é aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) há pelo menos 20 anos. Atualmente, frequenta a instituição duas vezes na semana.

“Quando saí da barriga da minha mãe, aprendi a jogar futebol. Como goleiro, pegava muitas bolas. Meus irmãos que me ensinaram. Eu brincava de tudo, mas o que eu mais gostava era futebol”, contou.

Em casa, no seu quarto, ele tem um mural de medalhas que lembram suas conquistas e as superações. Participou de vários campeonatos de futsal em cidades da região, do Vale do Aço e até mesmo do Estado de São Paulo, sempre defendendo a Apae de Itabira. Sidney joga na posição de goleiro e diz que tem que treinar muito para conseguir os bons resultados.

“Escolhi ser goleiro para defender a Apae. Também gosto de ajudar as pessoas. Quem não sabe ficar no gol ainda eu vou ensinar. Sou atleticano e quando vejo o goleiro defendendo vou aprendendo também”, disse Sidney.

O projeto paraolímpico da Apae começou a ser desenvolvido em meados de 2004, e o Sidney já demonstrava suas habilidades para o esporte. Em novembro do ano passado, Itabira sediou o Campeonato Brasileiro de Futsal para pessoas com deficiência intelectual. Sidney não estava frequentando a Apae e, por isso, não pôde disputar o torneio. Apesar disso, chamou a atenção da equipe técnica do Centro de Educação Especial e Ensino Fundamental Egydio Pedreschi, de Ribeirão Preto (SP).

O itabirano foi convidado para disputar o Campeonato Brasileiro de Futsal Down, realizado na cidade de Cravinhos (SP), em dezembro de 2018. “Fiquei emocionado com a notícia de que fui escalado para o Campeonato de Futsal em São Paulo. Saiu água do olho”, lembra o aluno da Apae, que também sabe Capoeira.

 

Sidney mora com o seu pai de 80 anos na Rocinha. Em casa, ele faz de tudo e conta que não tem dificuldades com os afazeres domésticos. A Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma mutação do material genético humano, presente em todas as raças. Os motivos para a ocorrência da Síndrome de Down ainda são desconhecidos, mas o que se sabe é que começa na gestação, quando as células do embrião são formadas com 47 cromossomos, sendo que o normal seriam 46 cromossomos.

 

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