Itabira teve 22 homicídios em 2017

Número de casos mantém média do ano anterior. Subcomandante frisa trabalho exaustivo no combate à criminalidade

Itabira teve 22 homicídios em 2017
Foto: Arquivo DeFato/Thales Benício
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Ao todo, 22 pessoas foram assassinadas em Itabira no decorrer de 2017 – um homicídio a mais que os 21 registrados pela Polícia Militar no ano anterior. O 26º Batalhão da Polícia Militar, corporação com sede em Itabira, informou que quase a totalidade dos casos está associada ao tráfico de drogas.

O último homicídio do ano que passou ocorreu na noite de 25 de dezembro, segunda-feira de Natal. Um jovem de 28 anos foi morto a tiros na rua Mesquita, no bairro Praia. A motivação do crime é, inicialmente, uma desavença provocada pelo autor dos disparos. O caso é investigado pela Polícia Civil.

O comando do 26º BPM apresentou balanço anterior a esse último caso na Câmara de Vereadores, na última reunião ordinária realizada antes do recesso legislativo, em 19 de dezembro. Os dados foram comentados pelo subcomandante da corporação em Itabira, Major Rogério Fernandes.

“Não gosto de trabalhar um homicídio com números, porque não se pode comparar números às vidas. Mas infelizmente temos que conhecer esse cenário, para trabalharmos e melhorarmos nossa qualidade de vida”, citou o oficial.

Em função da maioria dos casos de homicídio estar atrelada ao tráfico, o subcomandante frisou a atuação exaustiva da corporação frente à venda de entorpecentes. Citou também o trabalho conjunto com o Ministério Público e o Judiciário da Comarca.

Nas operações de combate ao tráfico, destacam-se as prisões de suspeitos de tráfico, que em Itabira tiveram aumento em 2017. Até 14 de dezembro último, 119 pessoas foram presas, ao passo que 78 foram detidos em 2016 por tráfico e associação.  

O balanço foi apresentado pelo subcomandante do 26ºBPM à Câmara de Vereadores (Foto: Wesley Rodrigues/DeFato)

Apesar de uma tendência à estabilização dos números de homicídios, Rogério Fernandes lamenta os casos e a onda de violência. “Quando se fala em homicídio, para nós não é um cenário bom. Quando um cidadão perde a vida, é ruim para nós atendermos uma ocorrência – é uma vida que se perde. Mas, se por um lado esse cenário tem persistido, nós temos trabalhado muito para que possamos levar essas pessoas à julgamento, às prisões, contribuindo para que a Justiça possa responsabilizar seus infratores”.

O oficial falou sobre a alta reincidência criminal e criticou o sistema penal brasileiro que a seu ver contribui à prática reiterada de crimes. “A atual lei processual facilita e faz com que essas pessoas (autores dos homicídios e outros crimes) não pague severamente pelos crimes que cometeram”.  

 

 

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