Irregularidades em escola de Ipatinga colocam em xeque diplomas expedidos por 14 anos

Caso depende de decisão da Secretaria Estadual de Educação

Irregularidades em escola de Ipatinga colocam em xeque diplomas expedidos por 14 anos
ETVA. Foto: Reprodução/Facebook ETVA

Quem cursou o Ensino Médio na Escola Técnica Vale do Aço (ETVA), na cidade de Ipatinga, entre os anos de 2002 e 2016, pode ter os estudos anulados. É o que recomenda um parecer do Conselho Estadual de Educação (CEE), publicado recentemente no Diário Oficial do Estado. A recomendação ocorreu porque a instituição, que já encerrou suas atividades, só tinha autorização para dar aulas de cursos técnicos, porém, também oferecia o Ensino Médio.

O parecer, do relator Eduardo de Oliveira Chiari Campolina, orienta que os estudantes prejudicados recorram posteriormente ao Centro Estadual de Educação Continuada (Cesec), uma escola de educação de jovens e adultos mantida pelo governo mineiro, que oferece exames para conclusão do Ensino Médio.

O documento do relator recomenta também que a ETVA responda civilmente “pelos danos causados aos alunos, responsabilizando-se, inclusive, pelo ressarcimento de valores acaso cobrados, pelo Cesec, quando da realização dos exames”.  

O caso cabe decisão da Secretaria Estadual de Educação (SEE), que ainda não se manifestou pela conclusão do impasse. A orientação dada pela Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Coronel Fabriciano, portanto, é que os afetados pela medida aguardem decisão da SEE.

Polêmico, o parecer repercutiu na região do Vale do Aço. Na Câmara de Vereadores de Ipatinga, uma comissão especial deve ser instalada para acompanhar a situação da escola. O pedido foi feito pela vereadora Lene Teixeira, do PT.

A reportagem não localizou os proprietários da ETVA para se posicionarem sobre o caso. A SRE não tem estimativas de estudantes prejudicados. Tradicional, o colégio localizado no bairro Jardim Panorama formava centenas de estudantes todos os anos.

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