Gerente da Vale confirma planejamento para tratar minério de outras cidades em Itabira

Segundo Rodrigo Chaves, as usinas itabiranas possuem o que há de mais moderno no mundo e têm capacidade suficiente para beneficiar o que é extraído no quadrilátero ferrífero: “É o futuro da mineração em Itabira”

Gerente da Vale confirma planejamento para tratar minério de outras cidades em Itabira
Rodrigo Chaves, Ronaldo Magalhães e Neidson Freitas concederam entrevista coletiva – Foto: Rodrigo Andrade/DeFato
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Uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 17 de junho, no gabinete do prefeito Ronaldo Magalhães (PTB), discutiu o futuro da mineração em Itabira. Ao lado do chefe do Executivo e do presidente da Câmara de Vereadores, Neidson Freitas (PP), o gerente-geral da Vale no município, Rodrigo Chaves, voltou a garantir que a exaustão das minas não significará o fim das atividades da empresa na cidade. Ele confirmou que o planejamento é que o minério extraído de outras localidades seja trazido para Itabira para ser tratado.

A coletiva em Itabira acontece após o prefeito Ronaldo, o presidente Neidson e uma comitiva de Itabira ter se reunido com o diretor-executivo de Sustentabilidade e Relações Institucionais, da Vale, Luiz Eduardo Osorio, no Rio de Janeiro. O tom das autoridades municipais após a reunião na sede nacional da empresa é de otimismo. Mas tanto Ronaldo quanto Neidson frisaram a necessidade de debater o futuro itabirano imediatamente. Um grupo de discussão será montado com representantes do poder público e da Vale para traçar alternativas.

Rodrigo Chaves confirmou a projeção apontada em relatório distribuído pela Vale ao mercado financeiro internacional, de que as minas de Itabira alcançam a exaustão em 2028. Porém, a exemplo do que já havia falado em recente reunião pública na Câmara, garantiu que a empresa manterá atividades no município mesmo após o fim da extração de minério de ferro. A diferença é que desta vez o gerente-geral foi mais específico.

Chaves confirmou que as três usinas de beneficiamento instaladas em Itabira serão usadas para tratar o minério extraído em outras cidades do quadrilátero ferrífero mineiro. “Somos hoje a maior empresa do município de Itabira e, para o futuro, queremos continuar sendo a maior empresa de Itabira. Vamos continuar sendo. Nós não vamos sair de Itabira. O que se projeta para frente é uma continuidade daquilo que nós investimos em Itabira ao longo desses anos. Nós temos três usinas que têm a tecnologia mais avançada de tratamento de minério de ferro no mundo. São as três que estão até mais avançadas que as outras da própria Vale. Isso traz uma competitividade para Itabira muito grande e traz para a gente a certeza de continuidade da mineração em Itabira”, disse o gerente.

Grupo de estudo

A iniciativa de montar um grupo de estudos para debater o futuro de Itabira pós-exaustão da mineração foi comunicada pelo prefeito Ronaldo Magalhães. A ideia surgiu durante a reunião no Rio de Janeiro e o próprio diretor-executivo da Vale irá indicar um representante da empresa para integrar a equipe. Nos encontros serão discutidos pontos prioritários nessa relação Itabira/Vale para os próximos dez anos e também depois desse período.

“A abertura da Vale foi boa. Nós começamos a discussão do futuro. Temos a Unifei, temos o Parque Científico Tecnológico, são vários projetos fundamentais que poderão ser trabalhados”, disse o prefeito, indicando, em seguida, qual deverá ser a prioridade: “Eu entendo que neste primeiro momento a Unifei é um caminho que nós temos para iniciarmos”.

Ainda segundo Ronaldo, a discussão começará em ambiente mais restrito, mas depois será expandida para mais setores da sociedade, especialmente entre instituições organizadas, como Acita, CDL e Interassociação de Bairros. “Não adianta também montar um grupo de cem pessoas e não chegarmos a lugar nenhum”, pontuou.

Comitiva de Itabira foi recebida no escritório da Vale, no Rio de Janeiro – Foto: Divulgação

(Aguarde mais informações sobre a entrevista coletiva)

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