Contra a Reforma da Previdência e atrasos em salários do estado, professores fazem mobilização em Itabira

Um grupo se concentrou na praça Acrísio Alvarenga e outros seguiram até a avenida João Pinheiro para a distribuição de panfletos informativos

Contra a Reforma da Previdência e atrasos em salários do estado, professores fazem mobilização em Itabira

A subsede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte) em Itabira realizou durante a manhã desta segunda-feira, 19 de fevereiro, uma mobilização na cidade em apoio ao movimento estadual da categoria. Um grupo se concentrou na praça Acrísio Alvarenga e outros seguiram até a avenida João Pinheiro para a distribuição de panfletos informativos sobre as implicações da Reforma da Previdência, com previsão de ser lida no Congresso nesta terça-feira, 20. O Sindicato Metabase de Itabira também contou com funcionários na mobilização.

Elsir Prado, representante do SindUte em Itabira, explicou que o foco principal da ação desta segunda-feira, quando inicia o ano letivo, é a questão da reforma previdenciária e o não pagamento da remuneração dos professores estaduais, o parcelamento do 13º salário em quatro vezes, além do descumprimento de acordos assinados pelo governo.

“Nós temos vários motivos [para se mobilizar]: temos um governo de Estado que está nos lesando, nós não tivemos 13º, não tivemos pagamento antes do Carnaval. O salário que seria até o dia 5, a categoria está recebendo até o dia 24. A categoria está sendo lesada. Quem recebe salário mínimo, o que é um 13º em quatro vezes?“, questionou.

De acordo com a sindicalista, a Reforma da Previdência trará prejuízos que hoje não podem ser mensurados, mas que, futuramente, a mudança atingirá diversos trabalhadores, especialmente os rurais e as mulheres.

Segundo Elsir, pelo menos 10% das escolas da rede estadual na cidade alteraram sua rotina neste primeiro dia letivo. No próximo dia 28, o sindicato se organiza para uma assembleia na cidade, que terá a finalidade de propor um indicativo de greve, o que decidirá os rumos do movimento neste ano.

SindUTE é contra Reforma da Previdência – Tatiana Santos/DeFato

Em Minas Gerais

Em entrevista a uma rádio da capital mineira, a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação em Minas Gerais (SindUTE), Beatriz Cerqueira, disse que a situação é muito grave, pois se a Reforma da Previdência passa no Congresso Nacional, a categoria concordará com o fato de um professor ficar 49 anos em sala de aula, “o que é impossível para uma profissão tão desgastante”.

A coordenadora explicou ainda que a motivação do governo de Minas em atrasar o início do ano letivo foi financeira, uma vez que haveria uma economia de cerca de R$ 200 milhões por conta dos salários dos professores contratados. “Minas hoje tem mais de 100 mil contratos temporários, que são professores contratados no início do ano letivo. Além dessa economia com os salário, também houve uma redução nos gastos com alimentação e transporte escolar”, completa.

Entretanto, a medida causou impacto na vida dos professores, uma vez que a medida acarretará em um aumento dos sábados letivos e na diminuição dos recessos ao longo do ano, fazendo com que o profissional trabalhe mais e sem receber por isso. A medida teria sido adotada sem debate com os trabalhadores e nem com a comunidade escolar, que envolve 3 mil escolas e 2,5 milhões de alunos.

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