Banco Central deve mudar o tamanho e a cor das cédulas de real

O Banco Central (BC) prepara mudanças, este ano, em todas as cédulas de real. Pela primeira vez as notas serão revistas de uma só vez desde a instituição da moeda em 1994. O BC quer melhorar a segurança do dinheiro brasileiro, evitando falsificações, e facilitar a identificação por parte da população. Podem acontecer mudanças no […]

O Banco Central (BC) prepara mudanças, este ano, em todas as cédulas de real. Pela primeira vez as notas serão revistas de uma só vez desde a instituição da moeda em 1994. O BC quer melhorar a segurança do dinheiro brasileiro, evitando falsificações, e facilitar a identificação por parte da população.

Podem acontecer mudanças no tamanho da nota e nas cores. Quanto menor o valor, menor poderá será o tamanho, o que vai ajudar deficientes visuais no reconhecimento mais rápido. Na coloração, um mecanismo em estudo é o uso de uma impressão que, quando se mexe a cédula, os tons de cores mudam. Além disso, poderão ser incluídas impressões que aparecem somente com a incidência de determinados raios ou luzes.

Essas ideias são inspiradas nas cédulas já consideradas bastante modernas, como o dólar norte-americano e o euro. Não haverá, porém, mudança nas moedas metálicas. Há cerca de seis anos, os estudos têm a coordenação do BC e da Casa da Moeda que investiu mais de R$ 400 milhões para modernizar as linhas de produção.

As novas máquinas são capazes de melhorar a nitidez das notas, além de fazer impressões mais precisas para que a cédula seja identificada pelo tato.

Falsificação do real aumentou no fim da década de 1990
BRASÍLIA. O aumento de falsificações aconteceu no fim da década de 1990 quando houve fortalecimento da moeda brasileira por causa da estabilidade econômica. Até então, a moeda mais focada era o dólar. No esquema, os fraudadores usavam um processo químico que "lavava" as notas menores, retirando as cores e figuras, mas preservando as marcas d’água.
Os fraudadores aproveitavam o mesmo papel para imprimir notas falsas com valores maiores. Ou seja, a partir de uma nota de R$ 1 conseguiam "fabricar" uma de R$ 100. Até 1997, as cédulas de R$ 1, de R$ 5 e de R$ 10 tinham a mesma marca d’água usada nas notas de R$ 50 e R$ 100: a imagem de uma mulher, representando a República. O BC alterou a marca das notas menores e as notas antigas foram sendo substituídas.

Flash
Pesquisa. Um terço do povo brasileiro já teve contato com cédula falsa, de acordo com pesquisa do Banco Central. O plano da instituição é da troca gradual das notas.

A sutileza nas alterações
– Nenhuma cédula deixará de existir ou será criada outra com valores diferentes.
– Continuarão circulando as notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100.
– As figuras que representam cada valor das cédulas não serão alteradas.
– Por exemplo, a garça estampada na nota de R$ 5 será preservada porque o BC não quer fazer mudanças profundas.

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