Artrite reumatoide: um tipo de “reumatismo”

Sintomas mais comuns são dor, inchaço, vermelhidão e calor ao toque em qualquer articulação, principalmente mãos, punhos e pés

Artrite reumatoide: um tipo de “reumatismo”

Opinião publicada na edição 298 da revista DeFato

A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações (juntas). Afetando 1% da população, sua causa é desconhecida e acomete mulheres três vezes mais que homens. Inicia-se geralmente entre os 30 e 50 anos de idade, mas pode atingir pessoas de qualquer faixa etária, inclusive crianças. Sua prevalência é de duas a dez vezes maior entre parentes de primeiro grau. Entretanto, é considerada uma doença multifatorial, resultando da interação entre fatores genéticos e ambientais, como tabagismo e stress.

Os sintomas mais comuns são dor, inchaço, vermelhidão e calor ao toque em qualquer articulação, principalmente mãos, punhos e pés. Podem acometer também joelhos, cotovelos, ombros, tornozelos e coluna vertebral. Por ser uma doença sistêmica, pode afetar outros órgãos e tecidos, menos comumente, como pele, olhos, sangue, sistema nervoso, pulmão, coração e rins. Com a progressão da doença há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realizar suas atividades tanto de vida diária como profissional.

Não há um único teste utilizado para diagnosticar a doença. O diagnóstico é baseado em muitos fatores, incluindo sinais, sintomas, testes de laboratório e exames de imagem. O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para o controle da doença, prevenção da incapacidade funcional, da lesão articular e o retorno ao estilo de vida normal do paciente o mais rapidamente possível.

O tratamento deve ser individualizado e envolve terapias medicamentosas e não medicamentosas, como fisioterapia, terapia ocupacional, dieta adequada, atividade física, cessação do tabagismo e, em casos selecionados, cirurgia.

Os medicamentos são à base do tratamento para a artrite reumatoide ativa. Existem várias classes de medicamentos, a maioria disponibilizada pelo SUS ou pelos planos de saúde, incluindo anti-infl amatórios, corticosteroides, antirreumáticos modificadores de doença tradicionais e os mais novos, chamados agentes biológicos.

Na artrite reumatoide, assim como em várias outras doenças reumáticas crônicas, o acompanhamento feito por um médico reumatologista é imprescindível e deve ser contínuo. Os intervalos entre as consultas variam de paciente para paciente. Apenas o médico pode diminuir ou aumentar a dose das medicações, modificar o tratamento quando necessário ou indicar a terapia de reabilitação mais adequada a cada caso.

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